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13-09-2006

Não se trata de uma guerra religiosa


Editorial - 11 de Setembro

As sociedades humanas apreciam marcar e recordar os acontecimentos determinantes da sua história nas datas que identificam números redondos. Por isso existe uma maior ênfase nas recordações do quinto aniversário (mais do que comemorações) dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

Importa hoje, no silêncio e no recolhimento de cada um, pensarmos no sofrimento individual, dos 2973 mortos e dos ainda 24 desaparecidos daquele horroroso dia 11 de Setembro para a humanidade.

Mas importa também ligar estes bárbaros ataques em Nova York aos atentados ocorridos nas praias de Bali, em 2002 e 2005, na cidade Istambul, em 2003, na mesquita de Ashura, no Iraque, em 2004, nos comboios de Madrid, em 2004, e no metro de Londres, em 2005. Todos eles estão inseridos numa estratégia determinada a alterar o mundo, tal como o conhecemos e que usa inocentes civis, para justificar uma salvação, que nenhum dos imolados, decerto, suplicou a qualquer Deus.

Recordemos, hoje, também a formidável cadeia solidariedade e suporte que os americanos puseram em marcha voluntariamente. Essa é também uma lição a reter do dia 11/9. Uma memória do que de melhor existe nas nossas sociedades.

Importa também, para honrar os mortos inocentes, perceber qual a realidade por detrás destes ataques.

Não se trata de uma guerra religiosa como muitos parecem impingir e que, em último grau, só beneficia a Al-Quaeda e os movimentos fundamentalistas islâmicos. Atiçar os ânimos religiosos, fomentando guerras santas é o objectivo dos extremistas. O Islão é normalmente tolerante e apenas as suas minorias mais insignificantes professam as teorias salafitas da guerra santa e do martírio e assassinato miúpe. Mas não nos enganemos, trata-se de uma guerra contra os totalitarismos que se fundamentam no terrorismo. Vejo Bin Laden como um Estaline, um Hitler, um Mao Tse Tung, ou um Kim Il Sung do século XXI. À sua semelhança, também a estes líderes do passado não faltaram justificações ou apoio teórico para fazerem prevalecer a sua vontade aos nacionais ou imporem a sua lei aos vizinhos. Mas, como sabemos, eles não lutavam por qualquer redentora virtude de uma nova ideologia ou renovada sociedade. Apenas os movia o poder maquiavélico, a ambição desmedida, a megalomania e a vaidade.

E todos acabaram da mesma maneira: derrotados pelas armas ou asfixiados pelos regimes que criaram e que mais tarde implodiram.

É por isso que urge a guerra contra o terrorismo. Porque não podemos permitir mais ameaças totalitárias de que já experimentámos a barbárie da IIGG a oeste e comunismo no leste. Não está em causa qualquer inventada guerra santa, mas a salvaguarda dos fundamentos sociedade em que vivemos. Por muitas injustiças e erros que ela tenha, é bem melhor que viver sujeito à vontade de um ditador.

António Granjeia*
*Administrador do Jornal da Bairrada

Livraria do Congresso Americano

http://lcweb2.loc.gov/cocoon/minerva/html/sept11/sept11-about.html

arquivo digital do 9/11

http://www.911digitalarchive.org


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